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Com apenas 30 dias, a AEDO é uma realidade que salva vidas.

Passados 30 dias desde o lançamento da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) no estado da Paraíba, o panorama da doação de órgãos ganha novos contornos, trazendo consigo perspectivas promissoras e desafios a serem enfrentados. Desde a implementação desse sistema inovador, é possível notar um pequeno avanço, além de esperança que apontam para um futuro promissor no cenário da doação de órgãos.

O primeiro mês de utilização da AEDO na Paraíba foi marcado por uma resposta positiva por parte da população e dos profissionais de saúde envolvidos no processo de doação de órgãos. Já é possível observar um aumento no número de doações e no interesse das pessoas em se tornarem doadoras, sinalizando uma mudança significativa na cultura de doação de órgãos no estado.

“Toda ação que contribui para a melhora da qualidade de vida dos pacientes é vista de forma positiva. Então, entendemos ter a campanha um aspecto importantíssimo e que possibilita fomentar o número de doadores em nosso país”, destaca Thiago Catão, membro da Câmara Temática de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB).

Para o futuro, as perspectivas são ainda mais animadoras. Espera-se que, com a continuidade da implementação da AEDO e a conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos, haja um aumento constante no número de doadores e, consequentemente, uma redução na lista de espera por transplantes.

De acordo com a Central de Transplante da Paraíba, o primeiro quadrimestre de 2024 registrou 21 doadores de multiórgãos, um aumento de 90% em comparação ao mesmo período de 2023. Quanto aos números de transplantes, são 111 transplantes realizados no estado da Paraíba em 2024, sendo 5 de coração, 15 de fígado, 10 de rins e 81 de córneas. Em 2023 no mesmo período foram 82 transplantes. No primeiro quadrimestre de 2023 foram realizados 5 transplantes de fígado já em 2024 são 15, um aumento de 200%.

Para Sérgio Albuquerque, presidente do CNB/PB, a participação e o incentivo do Governo são imprescindíveis para uma maior adesão da população. “A AEDO foi uma proposta muito boa, que irá salvar muitas vidas, se for feito um esforço de cada um de nós, para que a gente ultrapasse esses 42 mil [que estão na fila de espera], para que os órgão de quem não está mais aqui sejam aproveitados para salvar vidas”, destaca.

Um dos pontos-chave para o sucesso da AEDO é a adesão dos notários ao sistema. Os notários desempenham um papel fundamental na emissão e validação das autorizações de doação de órgãos, garantindo a legalidade e a autenticidade dos documentos. Atualmente, 554 pessoas aguardam na lista da Paraíba a espera de um órgão, sendo dois de coração, 367 de córneas, 15 de fígado e 188 de rim.

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